Entre as belezas naturais e os ventos que atraem turistas e esportistas ao litoral do Ceará, Paracuru guarda um segredo submerso que instiga a curiosidade de moradores e visitantes: os destroços de um navio naufragado, visíveis em maré baixa na Praia do Vapor.
Mas afinal, qual a história por trás desse naufrágio?
Não há registros oficiais precisos sobre o nome da embarcação ou a data exata do ocorrido, o que transforma esse naufrágio em um verdadeiro enigma local. O que se sabe é que o navio a vapor — daí o nome da praia — teria encalhado próximo à costa em algum momento do século XX. Muitos relatos populares contam que a embarcação vinha do exterior, possivelmente transportando cargas ou até passageiros, quando foi surpreendida por uma forte tempestade ou um erro de navegação.
Com o tempo, o que restou do vapor foi sendo engolido pelo mar, mas parte de sua estrutura ainda pode ser vista entre as pedras, principalmente durante a maré seca. É um cenário que fascina mergulhadores, pescadores e turistas, e que hoje faz parte do imaginário coletivo da cidade.
A Praia do Vapor, além da lenda, é um convite à contemplação. Com suas piscinas naturais, recifes e águas claras, ela une história e beleza em um só lugar. O navio naufragado virou símbolo do mistério que envolve o mar — onde, por mais que o tempo passe, as histórias continuam vivas.
Em Paracuru, cada praia tem sua alma. E a do Vapor, sem dúvidas, é feita de memória, curiosidade e encantamento.
Nas serras silenciosas de Baturité, entre o verde profundo da mata e o sussurrar dos ventos, uma história atravessa gerações e segue viva no coração dos moradores do distrito de Uirapuru (Brejo). Uma lenda sagrada, cercada de fé, mistério e devoção, que transformou para sempre aquele pedaço da serra.
Segundo relatos populares, por cerca de três meses consecutivos, estranhos e maravilhosos acontecimentos chamaram a atenção de quem vivia ou passava pela estrada que liga Baturité a Guaramiranga. Ali, em um ponto específico às margens da rodovia, a imagem luminosa de uma mulher vestida de branco, envolta em brilho e silêncio, foi vista por inúmeros olhos — simples, crentes e incrédulos. As pessoas logo identificaram: era Nossa Senhora.
As aparições não ocorreram apenas uma vez, nem em um único local. Testemunhas afirmam que a presença celestial também foi sentida e avistada em um campo mais acima, no alto da serra, onde hoje a vegetação dança com o vento e a paz é quase palpável. Alguns descrevem que ela surgia em meio a uma luz intensa, outros dizem que ouvia-se um canto suave, como um chamado à oração. O que se sabe é que, por três meses, a fé se agigantou naquele lugar.
Com o passar do tempo, diante da comoção e dos relatos cada vez mais frequentes, os moradores decidiram erguer uma capela no local das primeiras aparições. Hoje, a pequena igreja que se destaca pela cor, simples e serena, repousa ali como um marco da fé que floresceu com a lenda. É ponto de oração, de silêncio e de visitas constantes — de devotos, curiosos e turistas em busca de algo que vai além do visível.
Alguns ainda contam que, até hoje, há noites em que uma luz estranha paira sobre o campo, como se a história insistisse em não morrer. Há quem diga que sentiu o ar mudar, quem jure ter ouvido vozes suaves ao pé da serra. E há aqueles que, mesmo sem ver ou ouvir nada, se arrepiam ao pisar no solo sagrado da aparição.
Entre o mistério e a fé, a lenda de Nossa Senhora em Uirapuru segue viva — um capítulo sagrado na história espiritual da Serra de Baturité.
Se for pela fé, vá. Se for pela curiosidade, também. Mas ao pisar em Uirapuru, vá com o coração aberto. Porque ali, entre o Brejo e o céu, há algo que só quem sente pode explicar.
SAIBA MAIS NO CANAL: kayky Ribeiro
O Pico do Cabugi, localizado no coração do Rio Grande do Norte, é uma das formações geológicas mais impressionantes e enigmáticas do Brasil. Elevando-se a 590 metros de altura, o Cabugi é o único vulcão extinto do país cuja forma original está preservada, tornando-se um marco natural e um destino obrigatório para os amantes da natureza e da aventura.
- UMA JANELA PARA O PASSADO GEOLÓGICO DO BRASIL
Formado há cerca de 19 milhões de anos, o Pico do Cabugi é um testemunho da história vulcânica da região. Situado no município de Angicos, a aproximadamente 160 km de Natal, o vulcão atrai turistas e estudiosos interessados em suas características geológicas únicas. A forma cônica e imponente do Cabugi é um dos poucos vestígios remanescentes da intensa atividade vulcânica que moldou parte do território nordestino milhões de anos atrás.
- CURIOSIDADES QUE ENCANTAM
O Pico do Cabugi é muito mais do que uma simples montanha. Ao longo dos séculos, ele se tornou objeto de lendas locais e histórias fascinantes que se entrelaçam com a cultura potiguar. Sua presença imponente tem inspirado mitos sobre erupções passadas e poderes sobrenaturais. Além disso, a trilha até o topo oferece aos visitantes a oportunidade de observar uma flora e fauna adaptadas ao clima semiárido da região, proporcionando um contato direto com a natureza intocada.
- AVENTURA E CONEXÃO COM A NATUREZA
Para os aventureiros, a escalada até o cume do Pico do Cabugi é uma experiência inesquecível. O acesso ao vulcão se dá pela BR-304, e o trajeto até o topo é feito por uma trilha que, embora desafiadora, recompensa com uma vista panorâmica espetacular. Do alto, é possível contemplar as vastas planícies do sertão nordestino e sentir a brisa fresca que ameniza o calor característico da região. A melhor época para visitar é durante os primeiros meses do ano, quando o clima é mais ameno, e as condições para trilha são ideais.
- CONECTE-SE COM A HISTÓRIA E A CULTURA LOCAL
Visitar o Pico do Cabugi é mais do que uma aventura; é uma viagem ao passado geológico do Brasil e uma oportunidade de se conectar com a rica cultura e história do Rio Grande do Norte. O vulcão, símbolo de resistência e preservação, continua a ser uma das atrações mais emblemáticas do estado, encantando todos que têm a oportunidade de explorá-lo.
- PREPARE-SE PARA A AVENTURA
Antes de embarcar nessa jornada, é essencial estar bem preparado. Recomenda-se o uso de roupas leves, calçados apropriados para trilha, protetor solar, e, claro, uma boa quantidade de água. A experiência de alcançar o cume do Cabugi, no entanto, faz todo o esforço valer a pena, proporcionando momentos de contemplação e conexão com a natureza que dificilmente serão esquecidos.
O Pico do Cabugi não é apenas um destino turístico; é uma experiência que desperta a curiosidade, inspira o respeito pela natureza e convida todos a explorar as maravilhas geológicas do Rio Grande do Norte. Prepare-se para desvendar os segredos deste vulcão extraordinário e deixe-se encantar por tudo o que ele tem a oferecer.
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